VARGAS: O PAI DOS POBRES E A MÃE DOS RICOS

   De 1930 a 1934, Getúlio Vargas mantém-se como chefe do Governo Provisório. O gaúcho já chega com os dois pés no peito e rasgou a constituição passando a governar sendo senhor da lei, ele decretava algo e sua decisão era lei. Ele também fechou o congresso e mandou todos os deputados para casa trocando os governadores eleitos por "interventores" de sua confiança.

 Eu sei, vocês estão sentindo o cheirinho de ditadura! Pois é, Getúlio até prometia "fazer uma constituição em breve" más hoje sabemos que promessas como " a gente volta rapidinho", " o problema não é você, sou eu" e "vou chamar uma assembleia constituinte" não são coisas para se acreditar. Com o tempo, o Brasil foi ficando mais urbano e industrial, mas Getúlio não se esqueceu da elite agrária. A elite do café continuava rica, mas Getúlio centralizou a administração e criou o Conselho Nacional do Café em 1931.     

   

    Getúlio teve que lutar então contra a força das revoltas do povo e a adesão de muitos aos partidos e movimentos comunistas e trabalhistas. Para acalmar o povo criou alguns ministérios que antes não existiam, como o do Trabalho, Indústria e Comércio e o da Educação e Saúde. Criou algumas escolas e universidades. Fez uma reforma religiosa também. As escolas passaram a ter ensino religioso, e o Cristo Redentor, grande símbolo do catolicismo no Brasil, foi inaugurado em 1931.  

                                               

   Um dos pontos mais importantes do governo de Getúlio foi sua política trabalhista, beneficiava a camada mais pobre da população criando assim a figura de Líder popular(populista). Ele criou leis de defesa para o trabalhador que trouxeram melhorias, mas impunham condições de não se fazerem mais greves. “Se quiser fazer greve, vai ter que falar com o sindicato.” E os líderes de sindicato eram todos seus conhecidos, numa clara manobra de aparelhamento do Estado.

    Getúlio dizia a frase: “Nós somos pelo Brasil. Quem é contra o nosso jeito de administrar é contra o Brasil.”  Usava o nacionalismo como argumento. Esse nacionalismo era aplicado em todos os setores, até mesmo na economia. No mercado de trabalho, a partir do final de 1930, qualquer empresa do Brasil teria que ter 2/3 dos funcionários compostos por brasileiros. Os empresários  não gostaram nada dessa história, porque havia um  preconceito generalizado na época de que os brasileiros eram funcionários piores que os estrangeiros. Com essas medidas ele avançou a indústria, enriqueceu mais os ricos e ajudou os pobres, assim Getúlio ficou conhecido como "Pai dos Pobres" e "Mãe dos ricos"! 

                                                         

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