A JORNADA DAS AMAZONAS: DO MITO GREGO AOS QUADRINHOS E CINEMA
No mito de origem das Amazonas estão o deus da guerra Ares uma de suas esposas, Otrera, a primeira rainha amazona e mãe das futuras rainha Hipólita. Ao contrario das Histórias fictícias da "Mulher Maravilha", as amazonas não viviam confinadas na ilha de Temiscira. Elas também circularam em batalhas pelo Mundo Grego, Egito, Arábia e no norte dos territórios que formaram a Rússia.
Elas mantinham interações com os homens apenas para lutar ou para procriar e, neste último caso, tinham filhos com homens de uma tribo próxima para mandar os parceiros provisórios embora logo em seguida – levando com eles os descendentes masculinos eventualmente nascidos da relação por interesse reprodutivo, se nascesse uma mulher ficaria com a mãe amazona. Era dito que nutriam um ódio feroz contra figuras masculinas e diversas citações sobre elas afirmaram expressões como “assassinas de homens”, “destruidoras de homens”, “aquelas que detestam homens”. Eram combatentes muito habilidosas, capazes de manejar com perícia as armas disponíveis entre os gregos, além de excelentes na equitação e na caça.
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Amazonas lutando contra dois homens. Segundo Heródoto, Hipócrates e outros autores, as amazonas só poderiam se casar após matar alguns homens. |
Na arte grega, a “Amazonomaquia” é um tema no qual mulheres seminuas aparecem em cenas lutando contra homens ou apenas empunhando espadas ou lanças representando força e afirmação de que eram guerreiras. Havia rumores de que elas costumavam cortar ou cauterizar o seio direito para favorecer a movimentação na luta – ocorrendo daí uma versão imprecisa de que o nome Amazona significa “sem peito” – mas nas representações artísticas não são retratadas como mulheres sem seios. Na literatura elas foram colocadas em cenas de combate contra heróis masculinos. Hércules precisou enfrentar a rainha amazona Hipólita para roubar o conto que ela usava e que que foi dado por Ares; Teseu enfrentou um ataque das guerreiras que tentaram resgatar Antíope, uma de suas irmãs, que foi raptada pelo herói grego e Aquiles lutou contra a amazona Pentesileia e se apaixionou por ela depois de matá-la.
Heródoto afirmou que amazonas derrotadas pelos gregos e naufragadas depois da captura chegaram a se unir por casamento com homens da tribo nômade dos citas e constituíram o povo Sauromatae, ancestrais dos Sármatas que exploraram terras distantes e se espalharam pela Eurásia. Evidências arqueológicas chegaram a identificar sepultamentos antigos na região russa do Cáucaso com esqueletos femininos que estava portando punhais e espadas. Será que esta seria uma confirmação do que Heródoto indicou?
Até os dias de hoje, a figura das Amazonas continua a fascinar e inspirar a sociedade moderna. Elas são vistas como ícones de força, autonomia feminina e resistência em face dos padrões tradicionais. Na cultura pop, estas guerreiras míticas foram reinventadas e adaptadas em diversas formas de mídia, desde filmes, séries de TV, até histórias em quadrinhos. Um exemplo emblemático é a super-heroína Mulher Maravilha, oriunda de uma ilha habitada apenas por Amazonas inspiradas nas narrativas gregas, tornando-se uma representante contemporânea dessas lendárias guerreiras e um símbolo de empoderamento feminino.
ATIVIDADES:
(EF06HI09) Discutir o conceito de Antiguidade Clássica, seu alcance e limite na tradição ocidental, assim como os impactos sobre outras sociedades e culturas
Fontes Confiáveis e científicas:
BULFINCH, Thomas. O Livro de Ouro da Mitologia: histórias de deuses e heróis. Tradução de Vera Neves Pedroso. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
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